domingo, 18 de dezembro de 2016 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

IEP - O INCÊNDIO

















INCÊNDIO DO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO: A TRAGÉDIA ANUNCIADA
Fotos: Arlindo Gregório
Poucos episódios consternaram Pirassununga como o incêndio do Instituto de Educação, ocorrido no início dos anos 80.
O descaso das autoridades, que ignoraram os alertas e apelos da direção da escola sobre o estado crítico no qual se encontrava o Instituto de Educação, também causou revolta e ainda continua, 35 anos depois, “entalado na goela de todos nós”, que testemunhamos, estarrecidos, a tragédia mais que anunciada.
O regime era militar. O presidente da República era o General João Baptista de Oliveira Figueiredo e Paulo Salim Maluf o governador de São Paulo, eleito indiretamente pelo Colégio Eleitoral. O prefeito de Pirassununga era Rubens Santos Costa.
Tente imaginar se um incêndio daquela proporção ocorresse nos dias atuais no mesmo Instituto de Educação, a repercussão que o sinistro provocaria nas mídias e nas redes sociais.
CHORO E DESESPERO.
Dia 21 de abril de 1981, terça-feira. A notícia de que o prédio estava pegando fogo depressa se espalhou e levou centenas de pessoas ao local. Ninguém queria acreditar naquilo que via.
Atabalhoadas, tentavam salvar o que podiam, como se cada peça ou objeto ali existente fosse “um pedaço de cada um” que ardia e se consumia em chamas.
A Rádio Difusora passou a transmitir flashes do local, orientando e pedindo ajuda da população. A emissora também entrou em cadeia com a Rádio Bandeirantes. Em suas considerações, o radialista Salomão Esper, que estudou no Instituto, lamentou a omissão das autoridades que poderiam ter evitado aquele lamentável desfecho.
Aquela tarde do feriado do Dia de Tiradentes jaz na memória de todos nós que tivemos o privilégio de estudar naquele “Bendito Templo de Instrução”.
REMEMORANDO OS FATOS
Antevendo aquele infortúnio, as diretoras Maria Cecilia da Silva Lima (1976/1980) e Maria Lucia Silveira Rodrigues (1980/1987) oficializaram reiteradamente as autoridades estaduais e municipais sobre a necessidade urgente de reformas, dada a precariedade das instalações elétricas do prédio, forros tomados por cupins e ninhos de pombas, goteiras sobre fios desencapados, entre outras precariedades.
Imprensa, instituições, lideranças locais e a população se uniram para lutar e preservar aquele tão caro patrimônio do município, denunciando os descasos e cobrando ações imediatas do Governo do Estado. Tudo em vão. A tragédia estava anunciada.
TAXISTA TESTEMUNHOU O INÍCIO DO INCÊNDIO
Por volta das 13h30, o motorista de taxi, Orlando Calharani, ao ouvir um estouro seguido de uma fumaça escura que saia do interior do prédio, logo avisou o prefeito Rubens Santos Costa, que residia nas imediações do IEEP.
Essas fotos, cedidas por Arlindo Gregório (Nenê), registram a movimentação e o desespero de todos diante das cenas chocantes que se apresentavam naquele feriado nacional.
Mal acreditando no que viam, as pessoas, desesperadas, chegavam nervosas, afobadas e, muitas delas, aos prantos. Todos tentavam salvar mobílias, piano, quadros, cadeiras do Salão Nobre, livros, arquivos, documentos, empilhando-os na rua José Bonifácio, nas ruas laterais e ao lado da igreja.
Soldados do Exército e carros pipas da prefeitura, Usina São Luiz, Caninha 51 e da Transportadora Castro também foram mobilizados.
Num esforço hercúleo, apoiavam as viaturas dos bombeiros da Academia da Força Aérea, de Araras e de São Carlos também foram acionados.
COMISSÃO PRO-RESTAURAÇÃO DO IEEP
Apagadas as chamas, a imagem do Cristo na cruz, queimada e dilacerada, simbolizava a agonia dos pirassununguenses em meio aos destroços. A sensação era de impotência.
O sinistro suscitou a criação imediata da Comissão Pro-Restauração do IEEP, presidida pelo professor Daniel Caetano do Carmo, que passou a conduzir as ações junto aos órgãos públicos.
Formado por mais de 30 representantes, o grupo pressionou o então governador de São Paulo, Paulo Salim Maluf, a liberar a verba necessária para a restauração do prédio.
Vale destacar a participação do arquiteto pirassununguense Luiz Antonio Magnani.
Além de ex-aluno, fazia parte do Condephaat - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico.
Como consultor técnico, orientou nas decisões da Comissão Pró-Restauração, e fez também valer seus conhecimentos e influência juntos aos órgãos estaduais e federais.
RESULTADOS PROMISSORES
A Comissão Pro-Restauração lutou para que o IEEP voltasse a ser exatamente o que era quando de sua inauguração em 1914.
Por meio da imprensa escrita e falada, todas as decisões e andamento do processo eram transmitidas à população.
Em 1982 o prédio foi tombado. Uma grande solenidade marcou o evento.
No ano de 1983, nosso majestoso Instituto de Educação fora finalmente reinaugurado, voltando a sua vida normal. Em 2011 comemorou o seu centenário de fundação.
REGISTRO HISTÓRICO: BENDITO TEMPLO DE INSTRUÇÃO
Em 1993, por iniciativa própria, o professor e pesquisador Israel Foguel dirigiu e lançou o documentário “Bendito Templo de Instrução”, esclarecendo o que de fato ocorreu antes, durante e após o incêndio do Instituto de Educação.
Mostra cenas do prédio em chamas, registradas de cima da torre da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus dos Aflitos, em Super 8, pelo fotografo e cinegrafista Rubens Zerbetto.
Com duração de 1h40, a produção traz depoimentos das diretoras do Instituto de Educação, Maria Cecilia da Silva Lima e Maria Lucia Silveira Rodrigues, dos prefeitos Rubens Santos Costa e Fausto Victorelli, do taxista Orlando Calharani, do presidente da Comissão Pró-Restauração, Daniel Caetano do Carmo, do funcionário Carlindo Lapola, do professor Arnaldo Duarte de Oliveira, entre outros.
FERIADO DE TIRADENTES FORA PROVIDENCIAL
Fatos entristecedores como o incêndio do Instituto de Educação, mesmo que causem reações incomodas ou coisas que o valham, precisam e devem ser sempre lembrados, para que nada parecido ou pior que isso, possa novamente ocorrer em Pirassununga.
Que bom que naquele trágico episódio as perdas foram apenas materiais e puderam ser recuperadas. O Dia de Tiradentes fora providencial. O incêndio ocorreu num feriado, quando não havia ninguém no interior da escola: alunos, professores e funcionários. Poderia ter sido muito pior.
Isso é história!

 FONTE: https://www.facebook.com/roberto.bragagnollo/media_set?set=a.573620976178808.1073741940.100005927317725&type=3&pnref=story

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

Estação de Emas




POR QUE O PRINCIPAL POLO TURÍSTICO-GASTRONÔMICO DA REGIÃO RECEBEU O NOME DE CACHOEIRA DE EMAS? 

O que deu origem à formação do povoado - a Cachoeira de Emas que conhecemos hoje - foi a pequena estação ferroviária, a Estação de Emas, da Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais, inaugurada em 1886 às margens do rio Mogi-Guaçu. 

Nesta foto vemos a segunda Estação de Emas, construída e inaugurada em 1891 na “Fazenda da Barra” - hoje Fazenda da Aeronáutica. 

A Estação de Emas está abandonada e os edifícios encontram-se em ruínas.

Roberto Bragagnollo


Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=571028186438087&set=a.571027846438121.1073741936.100005927317725&type=3&theater

terça-feira, 22 de novembro de 2016 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

CAP - Clube Atlético Pirassununguense - 1981



Clube Atlético Pirassununguense. Campeão amador no ano..29-03-81 .
Em pe. .Jilson sapatinho, Camilo lanzoni, Flavio da padaria, Paulinho jacaré, Jilmar, Caneco. Abaixado..saudoso baixinho, My de Casa branca Miltinho, Macedo e Valmir amadorzinho tecnico..Ferreirinha.
Presidente saudoso Berreta da bicicletaria em frente a igreja da Assunção.Massagista saudoso fininho rei momo. Foto e dados fornecidos por Paulo Jacare

segundo o João Adolfo Eu fazia parte dessa equipe, faltam alguns jogadores nessa foto, como Bronzel, Marquinhos, Agnelo e outros, grande time, mas não fomos campeões, fomos vice, predemos a final nos pênaltis, para a equipe do BANESPA,
quarta-feira, 19 de outubro de 2016 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

NICOLA DI GREGÓRIO



Pirassununga, 19/10/2016
Pirassununga perde um grande estadista e um dos seus mais ilustres personagens: Nicola Di Gregório faleceu ontem (18) aos 88 anos.
Ele nasceu em Alexandria no Egito. Filho de Núnzio, ex comerciante, importador e exportador e de Ângela Toscano Di Gregório, era o quinto de uma família de seis filhos.
Em 1940, a guerra o bloqueou durante seis anos na Itália, onde fora a passeio. Regressou ao Egito em 1946, onde, já formado em Química, trabalhou como técnico em várias grandes indústrias têxteis.
Falava árabe, francês, italiano, português, estudou latim, tinha cultura humanística e foi colaborador e membro da redação do jornal italiano independente “Cronaca", de Alexandria e correspondente literário no Egito dos jornais de São Francisco, Califórnia, “L’Itália” e “La Você”.
Fugindo da crise do Canal de Suez, em 1957, veio para o Brasil com esposa e filhos.
Nicola Di Gregório residia com sua família em Pirassununga desde o ano de 1957. Viúvo de Alda Pisani Di Gregório, deixa os filhos Núnzio e Arnaldo, nora, netos e bisnetos.
Durante muitos anos esteve à frente da primeira indústria da história do município, a Fiação e Tecelagem Pirassununga.
Como Agente Consular da Itália, trabalhou incansavelmente em prol dos italianos e seus descendentes aqui radicados. Como admirável anfitrião, recebeu, em diversas oportunidade, a vinda de cônsules da Itália em nosso município.
Di Gregório ocupava a Cadeira 33 da APLACE - Academia Pirassununguense de Letras, Artes, Ciências e Educação, cujo patrono é Mario D’ Elia. Por alguns anos assumiu a presidência da entidade.
Destacava-se, também, pela sua brilhante oratória e larga experiência de vida, que fazia questão de compartilhar com os amigos.
Foi um dos maiores incentivadores da criação da Festa Italiana em Pirassununga, que pudesse reunir, anualmente, a comunidade italiana para celebrar suas tradições.
Em 2009, durante a realização do Fest’Itália - Festival da Cultura Italiana de Pirassununga - Nicola Di Gregório foi uma das personalidades homenageadas pelo Poder Executivo em reconhecimento à sua tão rica contribuição a Pirassununga, desde que aqui chegou.
O corpo de Nicola Di Gregório está sendo velado na sala 2 do Velório Municipal. O sepultamento ocorrerá hoje (19), às 16h, no Cemitério Municipal de Pirassununga.
fonte: https://www.facebook.com/roberto.bragagnollo?hc_ref=NEWSFEED&fref=nf



terça-feira, 13 de setembro de 2016 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

Conjunto Serenata



fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1784954685058328&set=a.1417142868506180.1073741830.100006314403634&type=3&theater


sábado, 10 de setembro de 2016 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

Biblioteca Municipal "Chico Mestre"




BIBLIOTECA MUNICIPAL “CHICO MESTRE”
Entre as homenagens prestadas ao professor Francisco Conceição - o "Chico Mestre" -, um dos maiores educadores que Pirassununga teve ao longo de sua história, a mais significativa de todas foi quando a Biblioteca de Pirassununga passou a se chamar Biblioteca Pública Municipal “Chico Mestre”.
A data nunca é lembrada. No dia 10 de setembro de 1947,  era inaugurada a Biblioteca Municipal “Chico Mestre” em Pirassununga.
Numa reunião da Comissão Municipal de Biblioteca realizada naquele ano para definir a escolha do patrono da biblioteca, dos 549 votantes foi escolhido por expressiva maioria - por 476 votos (86,7%) -, o nome do grande educador “Chico Mestre”.
A Biblioteca Municipal “Chico Mestre” foi inaugurada às 10h30, no Edifício Duque de Caxias, com a presença de familiares do patronímico, autoridades civis e militares, representantes de associações de classe e da imprensa.
Durante a solenidade, o orador foi o professor Joaquim do Marco. Ao estudar a personalidade de Francisco Conceição, traçou uma biografia completa e perfeita de “Chico Mestre”, que sensibilizou a todos.
Naquela solenidade, o professor Prospero Grisi, presidente da Biblioteca Municipal, discursou em nome da Diretoria dando conta daquela realização e dos trabalhos cumpridos até então. Ao final, convidou Vitalina Conceição, neta do patrono, para cortar a fita inaugural.
O então vigário da Paróquia, Cônego Cruz, procedeu a benção das instalações. Assim, a cidade prestava merecida homenagem a um dos mais ilustres cidadãos que escolheu Pirassununga para desenvolver, com amor e desenvoltura, a sua missão de ensinar.
QUEM FOI CHICO MESTRE?
Chico Mestre: um nome esquecido, ignorado. Pela importância de seus feitos na área educacional em Pirassununga, merecia ser lembrado e celebrado sempre. Francisco Conceição, o ”Chico Mestre”, foi um dos maiores educadores que Pirassununga teve ao longo de sua história.
Num mundo acostumado a cultuar às avessas seus ícones, a biografia de um grande mestre não desperta o menor interesse. Soa insano, débil e desproposital.
Francisco Conceição, o “Chico Mestre”, nasceu em Pouso Alegre (MG), no dia 20 de dezembro de 1.880. De família pobre, ainda jovem transferiu-se para Pirassununga em 1880, onde instruiu-se para a concretização de seu sonho maior, o exercício do magistério.
Teve início, então, a extensa vida pública de “Chico Mestre”, professor provisionado municipal, que depois de cursar a Escola Normal de São Paulo, retornou a Pirassununga com a consolidação de seu grande ideal: professor normalista. Em Pirassununga, casou-se com Vitalina Ferraz Conceição.
PROFESSOR DA PRIMEIRA ESCOLA
"Chico Mestre" foi titular de uma das cadeiras da Escola do Povo, a primeira de Pirassununga, que funcionava no edifício ainda preservado, na esquina das ruas General Osório e Coronel Franco, função que desempenhou até sua nomeação para Inspetor Literário, cargo equivalente hoje ao de Dirigente Regional de Ensino.
Como inspetor, concorreu para a difusão da instrução no setor que lhe pertencia, que compreendia as cidades de Cordeiro, hoje Cordeirópolis, e Santa Rita do Passa Quatro.
Lutou pela criação de “Escolas Reunidas” e dos “Grupos Escolares”. Fundou e dirigiu um “Gabinete de Leitura”, nome que se dava à biblioteca naquela época.
Fundou e atuou como redator dos jornais “A Nebulosa” (1889), e “A Opinião Pública” (1890). Publicou trabalhos pedagógicos, que o colocaram em destaque entre os integrantes do magistério público.
Em 1902, foi encarregado pelo Governo Estadual de instalar e dirigir o primeiro Grupo Escolar em Descalvado, onde residiu pelo período de um ano. Regressando à Pirassununga, assumiu a direção do Grupo Escolar Coronel Franco, até a sua remoção para São Paulo, em 1912, onde foi dirigir o Grupo Escolar de Santo Amaro.
CHICO MESTRE DIRIGIU O CORONEL FRANCO
Quando da criação do Grupo Escolar "Coronel Franco", em fins de 1904 e início de 1905, foi nomeado seu diretor adjunto. O primeiro diretor foi Francisco Camargo. Depois sucedeu ao professor Mauricio na direção da escola. “Chico Mestre” permaneceu no cargo até agosto de 1910.
Nessa época foi removido para São Paulo e nomeado primeiro diretor do Grupo Escolar de Santo Amaro. Na mesma escola completou 30 anos de magistério, mas não se aposentou. Ainda exercia as funções de diretor no Grupo Escolar de Santo Amaro quando a morte o colheu.
Uma angina tirou a vida de Francisco Conceição. Ele faleceu no dia 21 de janeiro de 1914 na cidade de São Paulo e foi sepultado no Cemitério do Araçá.
Francisco Conceição era, também, capitão da Guarda Nacional. Maçom atuante, pertenceu a Loja Cruzeiro do Sul de Pirassununga e, posteriormente, à Loja 7 de Setembro, na capital.
O INSTITUTO DE EDUCAÇÃO “CHICO MESTRE” QUE NÃO VINGOU
Em 1953, o deputado estadual Vicente Botta apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, denominando o Instituto de Educação de Pirassununga de Instituto de Educação “Chico Mestre". A propositura, sabem-se lá as razões, não foi aprovada pelos parlamentares naquela ocasião.
APLACE
A cadeira de n.º 12 da APLACE - Academia Pirassununguense de Letras, Artes, Ciências e Educação -, de Pirassununga, tem como patrono o professor Francisco Conceição, o “Chico Mestre”.
Homem bondoso e modesto, a simplicidade de suas maneiras mal evidenciava a vasta cultura de seu espírito. “Chico Mestre” era amante de tudo quanto representava o bem estar de seus semelhantes.
Foi exemplo em todos os sentidos. Tinha por única mira educar a infância, preparando-a para os dias da vida. Como homem público foi professor dedicado e cumpridor rigoroso de suas obrigações.


quinta-feira, 8 de setembro de 2016 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

Arnaldo Landgraf, médico



Foto fonte: http://www.reporternaressi.com.br/noticia.php?noticia=13131


Cinquenta e nove anos atrás, quando cheguei em Pirassununga, acompanhado pela minha saudosa esposa e pelos filhos muito pequenos, precisando consultar um bom médico, o sempre lembrado Patriarca Nicola Canônico, recomendou-me um de sua confiança.
No dia seguinte, apresentou-se em minha casa um jovem descendente de nobre estirpe germânica, mas brasileiro de suas várias gerações. Distinto no vestir, aristocrático no trato e no falar, carregava uma maleta cheia de instrumentos necessários para auxiliá-lo em sua magnífica profissão de médico.
Depois das apresentações e as perguntas de “praxe”, alternando-se nos seus rituais profissionais e, sorrindo, conseguiu elegantemente afastar a curiosidade do menor dos meus dois filhos, que, surpreendido pela sua presença, o encarava timidamente.
O médico aproximou-se a ele e, com muita meiguice perguntou-lhe o nome:
- ARNALDO, respondeu o menino e resmungando palavras italianas abrigou-se em meu colo.
O médico perguntou-me:
Em que lugar da Itália nasceu o menino?
- Doutor, respondi, eu, minha esposa inglesa e meus filhos, pela Lei Italiana, embora nascemos no Egito, somos italianos da cidade de Catania, na Sicília.
“Maravilha, responde ele rindo, então agora Pirassununga conta com uma família italofaraonica”.
Ficamos encantados pela nobreza de caráter deste jovem médico que, aos poucos, tornou-se um grande e sincero amigo.
Seu nome, sua serenidade e competência profissional, foram reconhecidas e apreciadas pelas camadas sociais da cidade. Seu trabalho logo transformou-se em sacerdócio. Centenas e centenas de nascimentos de crianças foram realizadas por ele. Milhares de doentes, clinicamente atendidos e outros, deitados nas brancas camas dos hospitais, foram sempre atendidos e, com operações e remédios, receberam também conforto e as luzes de suas forças espirituais e profissionais. Sua presença social foi sempre desejada e aplaudida por grandes e pequenos, por ricos e pobres, recebendo, de volta, excelente e considerado respeito a Ele e a todos seus distintos familiares.
O prestigioso LIONS CLUBE, que congrega um belo grupo de pessoas de nossa cidade, assim como uma outra grande FAMÍLIA associativa universal, o consideraram, pela suas filantrópicas operosidade, um sócio predileto e generoso.
Num momento de sua vida, ele que sempre foi prudente em suas muitas decisões, não resistindo aos apelos de amigos e as tentações dos eflúvios da política, entrou nela brilhantemente, mas logo saiu com dignidade e respeito da nova experiência, porém deixando-lhe os vestígios preciosos de sua honorabilidade e honesta coerência filosófica e social.
Confiando na generosidade da terra, tornou-se um abnegado e eficiente produtor rural, dando e garantindo o emprego tranquilo e seguro a várias famílias de honestos agricultores.
Promoveu, sempre com sucesso, inúmeras iniciativas sociais.
Brasileiro, profundamente apaixonado pela sua Pátria, ingressou na SAFAN (Sociedade Amigos do Forte Anhanguera) e colaborou ativamente para a consolidação das relações fraternais que devem sempre existir entre os civis e todas as FORÇAS ARMADAS da nossa terra.
Convidado, ingressou na APLACE (ACADEMIA PIRASSUNUNGUENSE DE LETRAS, ARTES, CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO).
Culturalmente muito bem preparado, em várias conferências, suas luzes iluminaram a mente de muitos interessados ouvintes.
Infelizmente, num mau dia, o destino cruel o traiu e adoeceu.
Confortado pelo amor e a dedicação cristã da esposa e familiares e da fiel amizade dos muitos amigos que o queriam bem, atravessou com dignidade o pior período de sua preciosa vida, que infelizmente culminou em sua morte.
Quando foi visitado pela última vez, encontrava-se no meio da sala iluminada pelas grandes velas e, como testemunha, o grande crucifixo pendurado no alto da parede.
Ele, intrépido beneficente humanitário da humanidade, estava dormindo serenamente como um Santo no esquife, inteiramente coberto das brancas pétalas e rodeado pela esposa e filhos em resignado pranto.
Muitos dos amigos alí presente, não resistindo a triste e dolorosa emoção, estrangulavam os soluços nos lenços molhados de lágrimas amargas.
Tudo parecia moldado pelo lúgubre destino de uma maravilhosa criatura humana que deixava para sempre este mundo.
No ar, reinava um véu de absoluta e inconsolável tristeza. As boas e oportunas palavras pronunciadas pelo Confrade Moacyr Fonseca Junior, ecoavam em minha mente como se fossem o tintinar dos sinos no ADEUS.
Depois da Missa noturna e a Benção de Deus, um automóvel preto, saudado pelo estrondoso bate-palma dos muitos presentes, levava o grande filho de Pirassununga, o DR ARNALDO LANDGRAF para seu destino final: o PARAÍSO DOS JUSTOS E PERFEITOS.
APLACE - 25/08/2016
Texto: Por Nicola Di Gregório – Membro da APLACE - Cad.33


Pirassununga, 26 de agosto de 2016 – Faleceu nesta quinta-feira (25), aos 85 anos o médico pirassununguense Dr. Arnaldo Landgraf. O velório acontece na Sala VIP da Funerária Lébeis desde as 7 horas desta sexta-feira (25). Às 18 horas o corpo será transladado para o Crematório Ecológico de Ribeirão Preto.
Dr. Arnaldo era casado com a senhora Maria de Lourdes Beluci Landgraf e deixa os filhos Fábia, Raquel e Arnaldo Junior, além de genros, nora, netos e demais parentes. Ele residia na rua Duque de Caxias, Centro.
O médico era um dos mais conhecidos e tradicionais de Pirassununga e atuava como clínico geral e cirurgião. Também atuou na política local como vereador.
Confita texto de Roberto Bragagnollo:
A cidade perdeu hoje (25) outra de suas celebridades. Uma criatura que esteve presente na história de vida de inúmeras famílias, que dele se socorreram nas horas mais alegres e nos momentos mais difíceis.
Atencioso e carinhoso, sorriso aberto e franco, Dr. Arnaldo conquistou a confiança da população que o idolatrava. Essa é a melhor expressão e a mais pura verdade: a população o idolatrava.

Clínico geral e cirurgião, foi o médico da família de milhares de pirassununguenses. Uma de suas características marcantes: após as consultas, preocupava-se em saber das condições de seus pacientes no decorrer dos tratamentos que prescrevia.

Uma história que poucos conhecem. Dr. Arnaldo atuou por vários anos no Círculo Operário, que atendia os seus associados no prédio da avenida Prudente de Moraes, hoje sede da DVI Radiologia e Tomografia Odontológica, em frente ao Supermercados Covabra.

Ali, no exercício de sua profissão, conheceu a jovem funcionária, Maria de Lourdes Belucci, com quem viria a se casar e constituir família. Dessa união nasceram os filhos Fábia, Raquel, Katia e Arnaldo Júnior.
Em seu consultório, na rua Bom Jesus e depois na Duque de Caxias, todos eram muito bem recebidos pela atendente Ermelinda Melo Tavelini, a Dona Linda. Super atenciosa, era tudo o que os pacientes mais precisavam.

Cabia à ela fazer a pré-consulta. Quem por lá passou jamais se esquecerá daquele acolhimento inigualável. Fazia parte do tratamento.

Também preocupado com os rumos da política local, especialmente na área da Saúde, em meados dos anos de 1990 elegeu-se vereador - com expressiva votação - com o intuito de colaborar ainda mais com a população pirassununguense. Entretanto, vitima do fisiologismo, saiu decepcionado por não ter podido fazer o que imaginava em prol da Pirassununga que tanto amava.

Carismático, sempre transmitiu muito amor à vida. Sua credibilidade junto à população era algo extraordinário. Exemplo de energia e disposição deixa um legado de sabedoria e ética profissional.
No silêncio de suas ações ajudou incontáveis famílias, sem cobrar um tostão sequer pelos seus excelentes préstimos. Médico como ele foi não mais existe. Seu perfil de profissional está em falta no mercado.

Inteligente e íntegro, muito ainda precisaria aqui ser dito sobre Dr. Arnaldo, por tudo que representou para a comunidade pirassununguense. Toda família tem uma história, uma passagem ou algum momento no qual nosso médico e amigo teve papel preponderante.

Dr. Arnaldo Landgraf faleceu nesta quinta-feira (25), aos 85 anos, na Santa Casa de Misericórdia de Pirassununga, onde viveu grande parte de sua vida e trouxe muitos pirassununguenses ao mundo.
Pirassununga perdeu um grande homem.
Dr. Arnaldo Landgraf cumpriu com louvor sua missão!
À esposa, aos filhos, genros, nora, netos e demais parentes, os nossos mais profundos sentimentos.
Descanse em Paz, Dr. Arnaldo!


terça-feira, 6 de setembro de 2016 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

Esquadrilha da Fumaça





FONTE:  http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=P&idCity=79&idCategory=7&idBook=1878
Esquadrilha da Fumaça
de GOMES, Lu ; FREITAS, Lucia e CAMPOS MELLO, Hélio
Ano: 1993
Nº de Páginas: 98 pp.
Editora: Agência Estado
Sediada na Academia da Força Aérea de Pirassununga, a Esquadrilha da Fumaça originou-se pela iniciativa de jovens instrutores de voo da antiga Escola de Aeronáutica, quando sediada no Campo dos Afonsos na cidade do Rio de Janeiro, os quais, em suas horas de folga, treinavam acrobacias em grupo, com o intuito de incentivar os cadetes a confiarem em suas aptidões e na segurança das aeronaves. Em 14 de maio de 1952, foi realizada a primeira demonstração oficial do grupo.Após algumas apresentações, percebeu-se a necessidade de proporcionar ao público uma melhor visualização das manobras executadas. Com isso, em 1953, acrescentou-se aos NA T-6, um tanque de óleo exclusivo para a produção de fumaça. Foi assim que os cadetes e o público, carinhosamente, batizaram a equipe de Esquadrilha da Fumaça. A primeira escrita foi a sigla FAB, nos céus da praia de Copacabana.Em 1955, a Esquadrilha passou a ter cinco aviões de uso exclusivo, com distintivo e pintura próprios.Em 1963 foi transformada na Unidade Oficial de Demonstrações Acrobáticas da Força Aérea Brasileira, única no mundo a se apresentar com aviões convencionais, até 1969.Nesse ano a Fumaça recebeu sete jatos Super Fouga Magister que, por suas limitações técnicas, operaram até 1972. Como não haviam abandonado o velho T-6, continuaram as apresentações até que, em janeiro de 1976, após 1.272 demonstrações, o então Ministério da Aeronáutica resolveu aposentar o avião que deu início ao sonho e, a partir daquela data, a Fumaça também deixou de existir, pois estoura a crise do petróleo e, ao alto custo do combustível, somou-se a inexistência de peça de reposição. Porém, em 1.980, na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga/SP, o seu Comandante , Brigadeiro-do-Ar Lauro Nei Menezes, após selecionar alguns instrutores, que passaram a treinar com os T-25 Universal que equipavam o Esquadrão de Instrução Aérea, colocou no ar o grupo a que denominou “Cometa Branco”, o qual incorporou os procedimentos de segurança e a doutrina da antiga Fumaça.A 10 de julho de 1980, aconteceu a primeira demonstração dess grupo de instrutores, durante a cerimônia de entrega de Espadins aos Cadetes que, naquele ano, haviam ingressado na AFA. Após 55 demonstrações, os "Tangões" passaram a incorporar a famosa fumaça e, em 21 de outubro de 1982, era criado o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), que, gentilmente, o público não deixou de chamar de Esquadrilha da Fumaça.Em 8 de dezembro de 1983, foram adquiridos os EMB-312 Tucano da Embraer, aeronave utilizada até os dias de hoje. A presente publicação bilíngue ( português/inglês), confeccionada em papel couchê, capa dura e ilustrada por centenas de fotos, começa explicando as manobras desenvolvidas por esses heróis do ar, como “O isolado”. “Dançando no céu”, “A Bomba”, “O Vôo do Bêbado”, “O Break”, “A Formação Delta”, “Vôo de Dorso”, “Escalão à Direita do Lider”, “Vôo de Dorso em Delta”, “Tunó Reverso”, “Concorde”, “Cobrinha-Show”, “Looping”, “Lanceváque”, “A Bolota”, “O Espelhão”, “Tunó com Ala Invertidos”, “Looping em Delta”.Na seqüência, a publicação estampa as fotos e um pequeno perfil biográfico dos 15 ( quinze) “fumaceiros”, na ativa em 1.993. Dá destaque, outrossim, para os “Anjos da Guarda”, a equipe de mecânicos da Esquadrilha da Fumaça com seus 20 sargentos e seu oficial comandante. São escolhidos entre os melhores da Força Aérea Brasileira e servem-na voluntariamente por período de quatro a cinco anos.Aborda, também, as especificações técnicas do avião Embraer – Tucano BEM-312 T-27 utilizado nas acrobacias. Por fim, o livro não olvida de homenagear os pilotos que tombaram em acidentes, apresentando suas fotos e perfis biográficos.

CAMPUS DE PIRASSUNUNGA DA USP – MEMÓRIA E HISTÓRIA




FONTE:http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=P&idCity=79&idCategory=7&idBook=1323

CAMPUS DE PIRASSUNUNGA DA USP – MEMÓRIA E HISTÓRIA
de TELES , Teresa Cristina
Ano: 2005
Nº de Páginas: 216 pp.
Editora: Edusp: S.Paulo
O livro traça a história do campus de Pirassununga da USP, relacionando-a ao processo histórico da cidade e do Estado de São Paulo. Se o campus existe como tal apenas desde 1989, suas origens remontam ao decênio de 1940, quando Fernando Costa, interventor do Estado, criou as Escolas Práticas de Agricultura paulistas. Esse espaço, além de ter servido ao ensino rural sob diversos nomes e organizações, foi também utilizado como campo de concentração para prisioneiros alemães, durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje ele abriga os cursos de Zootecnia e de Engenharia de Alimentos da FZEA e as aulas práticas do curso de Veterinária da FMVZ, sediado na capital. As autoras valem-se de consistente documentação, fotografias e depoimentos de personagens envolvidos na construção e no desenvolvimento do campus, enriquecendo o estudo histórico com a apresentação de um relato da experiência de formação de um importante espaço de ensino e pesquisa.

Autoras: Teresa Cristina Teles é graduada em História pela Universidade de São Paulo (2002). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil, atuando principalmente nos seguintes temas: imigração contemporânea, refugiados político, intolerância.
Zilda Márcia Gricoli Iokoi, professora da disciplina de América Latina Contemporânea na graduação e na pós-graduação da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP. Pertence à direção da Associação dos Docentes da USP (Adusp) e a Associação dos Professores Universitários de História. 

Clube Atlético Pirassununguense Amor, Garra e Tradição - volume 2




FONTE: http://www.plataformaverri.com.br/?bib=1&local=book&letter=P&idCity=79&idCategory=20&idBook=2311
Clube Atlético Pirassununguense Amor, Garra e Tradição - volume 2
de DO VALLE SUNDFELD, José
Ano: 1991
Nº de Páginas: 331 pp.
Editora: do Autor
O Clube Atlético Pirassununguense é um clube brasileiro de futebol da cidade de Pirassununga, interior de São Paulo. Foi fundado em 7 de setembro de 1907.Suas cores são preto e branco. A primeira partida oficial do clube foi realizada em 23 de fevereiro de 1908 contra o antigo Paulista de São Carlos, clube que foi fundado em 1º de setembro de 1903, O Pirassununguense venceu por 2 a 1. Com capacidade para 5.300 pessoas, o estádio Belarmino Del Nero, também conhecido como BDN ou Bellarminão, foi inaugurado em 7 de fevereiro de 1931 e sua primeira partida foi entre o Clube Atlético Pirassununguense e o Juventus, vencida por 2 a 0 pelos donos da casa.Na década de 1950, se afastou do profissionalismo e conquistou o título de Campeão amador do Interior, em 1954, passando a ser cognominado de “Gigante do Vale”. Toda essa história, incluídas informações sobre a diretorias e seus componentes, Conselhos Deliberativos e Fiscais, jogos realizados, jogadores, técnicos, fotografias, desde 1.917 até 1.957, foi contada no primeiro volume do livro “Amor , Garra e Tradição - Pirassununga Turismo e Esporte”, primeiro volume, de José do Valle Sundfeld. Neste segundo volume, o autor parte do ano de 1.958, para atualizar essas informações, até o ano de 1988, faltando porém dados de 1980/1981 e de 1983/1984/1985, quando o CAP esteve inativo.