domingo, 11 de junho de 2017 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

Chico Sombração

CHICO SOMBRAÇÃO

"Francisco Franco de Souza"




CHICO SOMBRAÇÃO: UM GÊNIO DE VERDADE... "XINGAI POR MIM"
Este registro sonoro, do acervo pessoal do radialista Chico Mateus, foi ao ar no dia 1º de novembro de 2003, há mais de 13 anos, no jornal Primeira Página, da Rádio Piracema FM, com apresentação minha e de Chico Mateus e depoimentos de Kiko Reis e do advogado Arnaldo Delfino.
A matéria destacava um dos maiores personagens da história de Pirassununga: Francisco Franco de Souza, o Chico Sombração, um gênio de verdade.
Autodidata por excelência, atuou em várias frentes com absolto protagonismo. Aos 19 anos não sabia ler e escrever. Se alfabetizou sozinho. Não tinha o 3º ano do antigo Curso Primário.
Aprendeu 6 idiomas, entre eles, alemão clássico, francês, inglês e latim, e conhecia, em profundidade, Sociologia, Psicologia e Química, disciplinas aprendidas sem o auxílio de ninguém.
Cronista de raras qualidades, militou na imprensa local, sempre contundente em suas críticas. Não perdoava aqueles que se omitissem no cumprimento dos seus deveres.
Criador do "Dito Nhora", que publicou por muitos anos na primeira página do jornal "O Movimento, atingia sutilmente o ponto vulnerável do criticado, sem ofendê-lo em sua integridade. A publicação era identificada por um sapinho montado numa bicicleta.
Era amigo íntimo de Monteiro Lobato. A seu convite, o escritor visitou Pirassununga. Aplaudido de pé, no palco do Cine Odeon, Lobato pronunciou memorável conferência sobre os rumos da política brasileira.
Era profundo conhecedor da obra de Euclides da Cunha, chegando a dar palestras em universidades sobre o autor. Considerava “Os Sertões” a mais expressiva e completa obra da literatura brasileira.
LIVRO: CHICO SOMBRAÇÃO QUE NÃO ASSOMBRAVA NINGUÉM
Desde que produzimos esta reportagem para o jornal “Primeira Página”, venho, aos poucos, pesquisando sobre Francisco Franco de Souza, o Chico Sombração.
Reuni e continuo coletando depoimentos de familiares e amigos, fotografias, recortes de jornais e documentos ligados a retirada da lápide de seu túmulo no Cemitério Municipal de Pirassununga pelo prefeito Lauro Pozzi, cujo processo virou manchete no jornal The New York Times.
O epitáfio é considerado o mais polêmico do Brasil. Confira:
"Bípede, meu irmão: Eis o fim prosaico de um espermatozoide que, há 80 anos, penetrou num óvulo, iniciou seu ciclo evolutivo e acabou virando carniça. Estou enterrado aqui. Sou Chico Sombração. Xingai por mim". Francisco Franco de Souza * 04-09-1886 – † 9-11-1968.
Quanto mais aprofundo nas pesquisas, mais me surpreendo e me encanto com a grandiosidade dessa figura inigualável e seu rico legado.
A vida agitada e controvertida de Francisco Franco de Souza, uma das maiores inteligências aqui nascida, que deixou em seu caminho um rastro de genialidade, em breve, se transformará num livro.
Para a concretização de tal projeto, conto com o apoio de todos que conheceram Chico Sombração e suas histórias.
Chico Sombração: “Xingai por mim”

FONTE: Roberto Bragagnollo


DOCUMENTO SONORO HISTÓRICO
FRANCISCO FRANCO DE SOUZA, "CHICO SOMBRAÇÃO" 
A HISTÓRIA DE PIRASSUNUNGA QUE OCUPOU AS PÁGINAS DO JORNAL "THE NEW YORK TIMES" NOS ESTADOS UNIDOS.
A LÁPIDE QUE FICOU FAMOSA EM TODO O MUNDO.
UMA, DAS MUITAS HISTÓRIAS QUE PIRASSUNUNGA PRECISA RESGATAR.
OUÇAM ESTA MATÉRIA DO JORNAL "PRIMEIRA PÁGINA" APRESENTADO POR CHICO MATEUS E ROBERTO BRAGAGNOLO, NA RÁDIO PIRACEMA FM DE PIRASSUNUNGA, NO DIA PRIMEIRO DE NOVEMBRO DE 2003.




Francisco Franco de Souza, conhecido no universo curimbatá muito mais por “Chico Sombração”, nunca assombrou ninguém, muito pelo contrário, pois foi uma das mais brilhantes figuras que viveram em outros tempos, nesta querida terra curimbatá, a “terra de meus amores” Graças a sua grande capacidade intelectual e vivencial, se distinguiu na comunidade pela praticidade, em vários setores primordiais, tais como na medicina, na advocacia, na química, nas letras, na música, no poder de polícia e também na vida pública e política. Foi um jornalista colaborador do jornal O MOVIMENTO, por longos anos, assinando com rara felicidade, uma coluna até hoje lembrada e comentada pelos mais vividos. Tinha por título: “QUE VENHARÁ SÊ ISSO?”. Ao lado um biciclo, em cuja roda exageradamente grande, parecia ser dirigida por um sapo. Era o seu logotipo. No texto que se seguia, um diálogo no mais puro vernáculo caipira, era travado entre uma mãe, a Nhóra (abreviatura de senhora) e seu filho Benedito (Dito).
Muitos comentavam então na praça central: Já leu hoje o “DITO/NHÓRA”? Era, pois, neste curto diálogo que o Chico transmitia os maiores ensinamentos filosóficos, como também abordava constantemente críticas construtivas ao setor político, alertando sobre as verdadeiras necessidades da comunidade.
FONTE: https://pirassunungatoday.wordpress.com/2015/09/16/francisco-franco-de-souza-chico-sombracao/

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