quarta-feira, 2 de novembro de 2011 | By: PAULO HENRIQUE TÜCKMANTEL DIAS

Cachoeira de Emas


Por que Cachoeira de Emas tem esse nome?

O local batizado pelos índios de “Pirassununga” - que quer dizer “lugar onde o peixe ronca, faz barulho – receberia muitos anos depois, o nome de Cachoeira de Emas.

O que deu origem ao bairro foi a Estação de Emas, da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, inaugurada em 1886, às margens do Rio Mogi-Guaçu.

Segundo o escritor Xavier Novaes, o pequeno povoado era anates conhecido como Cachoeira de Piraçununga.

Com a construção da Estação de Emas, a única referência do local, a Cachoeira do Rio-Guaçu, que ficava próxima a Estação de Emas, passou a se chamar Cachoeira de Emas.

POR QUE “EMAS”? - O Professor Manuel Pereira de Godoy cita em seu livro, que o nome “Emas”, dado àquela estaçãozinha pela Cia Paulista, se deu devido a abundância dessa ave típica do cerrado nas proximidades daquele pequeno terminal de cargas.

A ESTAÇÃO – Segundo o pesquisador Ralph Mennucci Giesbrecht, autor do livro “Caminho para Santa Veridiana”, a Cia Paulista de Estradas de Ferro construiu, em 1886, o curto ramal de anta Veridiana, com apenas 5.882 quilômetros de extensão, para a Cachoeira de Emas, no rio Mogi-Guaçu, para levar e buscar cargas para o ramal de Descalvado, já que não podia cruzar o rio sem criar problemas de “zona privilegiada” com a Cia Mogiana.

A Paulista construiu, então, uma estação às margens do rio, que não fazia embarque e desembarque de passageiros, apenas de cargas, que deu origem ao bairro de Emas.

Em 1888, a Paulista mandou às favas a Mogiana e decidiu ampliar o ramal para atingir a zona cafeeria de Santa Cruz das Palmeiras, além do rio, e bem próxima à linha-tronco da concorrente.

Mudou o curso do ramal, construiu outra estação, demoliu a velha e construiu uma ponte metálica, um pouco mais rio acima.

A nova estação, inaugurada em 1891, foi construída em área da “Fazenda da Barra” - hoje Fazenda da Aeronáutica – doada por Fernando Costa à Aeronáutica, que lá instalou a Academia de Força Aérea.

Na parte onde ficava a estação, a Aeronáutica arrendou a área a terceiros para plantação de café e, mais tarde, de cana-de-açúcar.

O ramal foi desativado em 1976 e, nos anos 80, os trilhos foram retirados.

Hoje, tanto a estação como a pequena vila à sua volta estão abandonadas.

Fontes:”Contribuição a História Natura e Geral de Pirassununga”, Manuel Pereira de Godoy, 1974; “Caminhos para Santa Veridiana – As Ferrovias em Santa Cruz das Palmeiras”, Ralph Mennucci Giesbrecht, Editora Cidade, 2003; Site 'Estações Ferroviárias do Brasil”, elaborado por Ralph Mennucci Giesbrecht; “Apontamentos Sobre a Cidade de Pirassununga”, de Xavier de Novaes (1823/1904).

Texto copiado da Agenda Cultural – Ano I – nº 3 – Pirassununga, SP, Setembro de 2008 – (Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Cidade de Pirassununga).




















0 comentários: